sábado, 5 de fevereiro de 2011

Teatro Municipal de Alfenas

TEATRO MUNICIPAL DE ALFENAS

            O Teatro Municipal de Alfenas acabou de completar 34 anos em janeiro de 2011, logo, mais de trinta anos dedicados à cultura alfenense.
            Durante anos, os artistas podiam se apresentar apenas nos palcos do antigo Centro Católico Cristo-Rei ou em um pequeno teatro chamado “Teatro Josefina Pacelli Lomonte”, criado por volta de 1965 pelo empresário Mauricio Lamonte. Apesar dos altos e baixos dos famosos grupos existentes na época, o teatro “amador” em Alfenas era muito forte e reconhecido em todo o estado. Graças à influencia do TAC – Teatro Alfenense de Comédia e em especial do teatrólogo Waldir de Luna Carneiro, tem inicio no primeiro mandato do prefeito de Alfenas Hesse Luiz Pereira (1967-1970) a construção do tão sonhado TEATRO MUNICIPAL DE ALFENAS, mais precisamente no ano em 1970.
            O responsável pelo projeto e execução da obra foi o engenheiro Emílio Soares, que incluiu no projeto a Biblioteca Pública de Alfenas. A obra, que teve inicio em 1970, só foi concluída em 1976 no segundo mandato de Hesse (1973-1976), que afirmou ter sido muito difícil de ser concluída, uma vez que a construção contou apenas com os  recursos da prefeitura, ou seja, sem nenhuma ajuda da iniciativa privada e/ou dos governos estadual e federal.
            Em 31 de janeiro de 1977, é inaugurado o Teatro Municipal de Alfenas, com direito a discursos de políticos e homenagens. Mas as cortinas só foram abertas ao público no dia 5 de março de 1977, com a peça “O Zebuzeiro”, de Waldir de Luna Carneiro. Mais uma vez, um grande sucesso. Depois da inauguração, o teatro seguiu seu destino, servindo de morada para os deuses do teatro e de abrigo para aqueles que loucamente se aventuram na difícil e árdua tarefa de fazer teatro e àqueles que saem de suas casas em busca de alegria e emoção.
            Mas, como nem tudo são flores, em  novembro de 1991 um incêndio destrói parte do palco e da rede elétrica do teatro, relata João Luiz Lacerda no seu livro (“Teatro de 55 anos”, editora Atenas – 1998). “Naquele momento, todos agradecemos às deficiências e defeitos de construção do Teatro Municipal. Se a obra tivesse obedecido às mais elementares noções de estrutura e concepção de um teatro, como deve ser realmente, o incêndio seria de resultados, catastróficos”, revela. E, mais uma vez, sob a insistência de amantes da arte teatral, o teatro é recuperado e reaberto ao público em 1994 da melhor forma: com a apresentação pelo TAC da peça de Waldir de Luna “A represa”.
            O nosso teatro sempre recebeu muitas críticas, primeiro por não oferecer condições técnicas para a montagem dos espetáculos, e depois por ter que dividir sua agenda com outras atividades que não sejam dedicadas a representações teatrais.
Claro que a responsabilidade desse estado não foi apenas da administração, já que o teatro passou por um momento de ostracismo por falta de produção local, apesar de durantes anos ter servido a grupos como o TAC, GUARANI E GRUTES – Grupo de Teatro Emílio da Silveira – ainda atuante.
            Felizmente, a partir do ano 2000, o teatro alfenense ressurge com novos grupos, cheio de jovens com aquela empolgação que só eles têm, e nosso teatro passa novamente a respirar. Ah, e com uma peculiaridade: o teatro passou a ser tomado pelo povo, tanto na platéia como no palco. Isso motivou a administração do prefeito Pompílo Canavez a fazer em 2005 uma importante reforma no teatro, que recebeu pintura interna e externa, uma ribalta com vários refletores e teve o proscênio (frente do palco) aumentado, melhorando as possibilidades cênicas.
            Seria injusto deixar de mencionar grupos como o Grutes, Folgazã, Geração 2000, Sassarico, Teames, Fábula, Falauato, Grupo Mundo, trupes que por aqui desembarcaram e outros que apareceram com a abertura das cortinas e desapareceram com os últimos aplausos, mas que de uma forma ou de outra contribuíram para manter pulsantes as artérias desse espaço dedicado às comédias, tragédias e tantas outras manifestações artísticas. Eles são os responsáveis  por manter  viva a magia desta apaixonante e efêmera arte: o TEATRO.
            Vida longa, TEATRO MUNICIPAL! Oxalá!
              
           


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